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terça-feira, 21 de setembro de 2010

Novos valores


          Meu nome é Rebeca. Tenho 25 anos e moro com os meus pais em um bairro na baixada do Rio de Janeiro.
          Nasci em uma família de classe média alta, no dia 20 de janeiro de 1983, em Ipanema, bairro que morei até completar 20 anos de idade.
          Sempre me considerei linda e acima de todas as pessoas. Tinha tudo que queria, pois meus pais faziam todas as minhas vontades. Queria uma barbie, a casa dela, o carro, o helicóptero etc. Minha mãe comprava tudo, com o dinheiro do meu pai, uma vez que ela não trabalhava.
          Minha mãe era o tipo de pessoa que não via nem o preço das coisas. Passava o dia inteiro no shopping (no salão de beleza ou fazendo compras). Quando não estava lá, era fácil encontrá-la na academia perto de casa ou no apartamento de sua melhor amiga, na Avenida Vieira Souto.
          Meu  pai era um requisitado advogado (dos bons), mas acabou perdendo tudo. Foi de repente...
          O escritório dele faliu e lá se foi... Dinheiro, prestígio, tudo... Tudo acabou.
          Minha mãe surtou, eu "perdi o chão" e meu pai entrou em desespero. Jurema, nossa cozinheira, foi quem arrumou a casa para alugarmos, na baixada. No início foi dificílimo, não aceitava de jeito nenhum as mudanças que aconteceram.
          Minha mãe e eu tivemos que doar algumas coisas e vender rapidamente várias roupas, bolsas, joias, além de tentar compreender e aceitar o que estava acontecendo. Pois é, meu pai bem que tentou nos explicar, mas não queríamos ouvir nada. Para nós, nenhuma explicação justificaria o fato de estarmos saindo de um apartamento luxuoso em Ipanema para morarmos na baixada. 
          Além de coisas materiais, perdi amigas também. Deixei de estudar na PUC e tive que tentar uma bolsa de estudos em outra faculdade. Pior! Tive que começar a trabalhar. Logo eu, que não fazia nada além de gastar o dinheiro do meu pai e sair para me divertir.
          Arrumei um emprego de vendedora. "Ralei"  muito! Até que um dia, chegando (cansada do trabalho) em casa, meu pai colocou as mãos em meu ombro e me chamou para dar uma volta com ele. Entrei no carro (era um fusca) que ele tinha comprado recentemente, trabalhando como auxiliar de escritório. Passamos por vários lugares nos quais haviam pessoas pegando  restos de comida das latas de lixo para comer, meninas novas se prostituindo, adolescentes usando drogas...
          Fiquei assustada com tudo que vi... Chorei!
          Meu pai percebendo o meu desconforto, levou-me para casa.
          Tive coragem e perguntei a ele o motivo de termos perdido tudo. Ele, primeiramente, disse que não havíamos perdido nada importante. Disse que ainda éramos uma família, que tínhamos um ao outro, que tínhamos duas pernas, dois braços e, então, podíamos lutar e conseguir novamente as coisas que deixamos para trás. Explicou-me que um advogado que trabalhava no escritório de advocacia roubou muito dinheiro e com o que restou, ele teve que pagar as faturas dos meus cartões de crédito e as da mamãe.
          Naquele momento, abracei tão forte o meu pai, que ele mal conseguiu respirar. Percebi o quanto havia sido imatura, mimada, ingrata e tantas outras coisas.
          Daquele dia em diante, comecei a ver a vida de outra forma. Agradeço a Deus por ter meus pais comigo, por ter saúde, por ter um emprego digno (hoje sou supervisora da marca da loja na qual trabalhei), por ter amizades verdadeiras, por estar concluindo a minha faculdade, por estar viva e ter adquirido novos e importantes valores.           

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Paixão - Visto o manto vermelho e preto

           Quando criança, os pais querem que torçamos pelo time deles. Se os dois, pai e mãe, torcem pelo mesmo time, fica fácil, pois não tem briga. Agora, quando o pai torce por um e a mãe por outro, a coisa complica. A escolha do filho fica difícil. Será que devo torcer pelo time da mamãe ou pelo do papai? Já sei! Não torcerei por nenhum deles... Serei América!
           Mas, muitas vezes os filhos dão graças a Deus, pois nascem em uma família, na qual um dos dois (pai ou mãe) é Flamengo! Aí, não há dúvida, a criança será Flamengo!
           Acontece ainda (e não é difícil, já que trata-se da maior torcida do mundo), da criança ser "super" abençoada e nascer com pai e mãe flamenguistas. Que time ela será? Você tem dúvida? Eu não. Com certeza, Flamengo!
            Pois é, nasci de mãe flamenguista e pai vascaíno. Embora isso tenha acontecido, não sou América... Sou... 
            Tenho orgulho de ser o que sou...
            Quando vou ao Maracanã, canto com raça e amor...
            Sei o hino do meu time e me arrepio ao cantar...
            É emocionante ver a torcida gritar...

            Visto a camisa e explode o coração...
            Ser o que sou é muita emoção...
            É com festa que vou comemorar...
            A bola que na rede vai entrar...

            Ser o que sou não tem preço...
            Ser o que sou não dá para explicar...
            Só sei, que visto o manto...
            E a torcida me faz delirar...

            Perdendo ou ganhando é por ele que eu torço...
            E com a ajuda de São Judas Tadeu, ele vai vencer...
            Visto o manto vermelho e preto...
            Sou Flamengo e serei até morrer!!!
           

                          
                                       

            

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Paciência

    É!, com certeza, paciência é uma virtude. Preciso praticá-la diariamente... Mas, quantas pessoas não precisam?
    Embora existam muitas frases e pensamentos em torno desse vocábulo, vamos combinar que não é nada fácil colocá-lo em prática.
    Fazendo uma pequena pesquisa no GOOGLE, encontrei:

    "Não é fácil ter paciência diante dos que têm excesso de paciência" Carlos Drummond de Andrade.
    "Não há problema que não possa ser solucionado pela paciência" Chico Xavier.
    "Aprimorar a paciência requer alguém que nos faça mal e nos permita praticar a tolerância" Dalai Lama.

    Essas foram só algumas dentre tantas que achei...

    PACIÊNCIA = substantivo feminino abstrato

    Abstrato na gramática da língua portuguesa é algo que não podemos materializar, colocar no papel, por exemplo. É uma coisa que apenas conseguimos imaginar quando fazemos uma ligação com outra concreta. Como assim?
    Ao pensarmos a respeito da palavra  paciência, imaginamos uma pessoa paciente, ou seja, dotada de paciência.
    Pois é, perdeu a paciência, leitor?
    Já vou terminar...
   Escrevi tudo isso, apenas para dizer que na vida, muitas vezes, é necessário termos paciência. PACIÊNCIA em casa com os filhos, com o marido ou esposa, com os pais, com o sogro ou sogra... PACIÊNCIA no trabalho com os colegas, com o chefe, com as tarefas... PACIÊNCIA na vida! Principalmente, quando ela não está (ainda) do jeito que gostaríamos que estivesse.
    Paciência e esperança "andam" lado a lado, são aliadas na grande obra de Deus, A VIDA!!!
        
   

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

My will

    "If one day a doctor says that my brain has ceased to function, my life has stopped, do not introduce artificial life into my body by the use of a machine.
    If that moment comes, gives my sight to the man who has never seen a sunrise, a baby`s face or love in the eyes of a woman. Give my heart to a person whose own heart has caused nothing but days of a pain. Give my kidneys to one who depends a machine to exist from week to week. Take my blood, my bones, every muscle and nerve in my body and find a way to make a crippled child walk.
    Explore every corner of my brain. Take my cells, if necessary, and let them grow so that, some day, a speechless boy will be able to shout as his team scores a goal and deaf girl will hear the sound of rain against her window.
    Burn what is left of me and throw the ashes to the wind.
    If you really want to bury something, let it be my faults, my weakness and everything wrong I have done.
    Give my sins to the devil. Give my soul to God.
    If you should wish to remember me, help someone who needs you.
    If you do all I have asked, I will live forever" .

ESTE TEXTO PERTENCE A UM LIVRO DE INGLÊS (DA ÉPOCA EM QUE EU ESTAVA NA ESCOLA, EM 1995). INFELIZMENTE, NÃO ME RECORDO O NOME.    

SEGUE A TRADUÇÃO...

    Se um dia um médico disser que meu cérebro parou de funcionar, minha vida parou, não introduza uma vida artificial em meu corpo através de uma máquina.
    Se esse momento vier, dê minha visão para o homem que nunca tenha visto um pôr do sol, um rosto de bebê ou o amor nos olhos de uma mulher. Dê meu coração para uma pessoa a qual o coração não tenha causado nada além de dias de sofrimento. Dê meus rins para alguém que depende de uma máquina para existir de semana a semana. Tire meu sangue, meus ossos, todos os músculos e nervos do meu corpo e ache um jeito de fazer uma criança aleijada andar.
    Explore cada canto do meu cérebro. Tire minhas células, se necessário, e deixe-as crescer até que algum dia, um garoto mudo possa ser capaz de gritar quando seu time fizer um gol e uma menina surda possa ouvir o som da chuva contra sua janela.
    Queime o que sobrar de mim e jogue as cinzas ao vento.
    Se você realmente quiser enterrar alguma coisa, deixe (enterre) meus defeitos, minhas fraquezas e todas as coisas erradas que eu tenha feito. 
    Dê meus pecados para o diabo. Dê minha alma para Deus.
    Se você desejar lembrar de mim, ajude alguém que precise de você.
    Se você fizer tudo que pedi, viverei para sempre.

sábado, 11 de setembro de 2010

O Fim de um relacionamento

    Quando um relacionamento começa, é tudo muito bom, é tudo mágico, nos entregamos de corpo e alma ao outro. Tornamo-nos reféns do que chamamos de amor. Mas, quando o "encanto" se quebra? Como ficamos? Como fica o nosso coração? A nossa auto-estima?
    Conheci Paula, uma moça jovem, bonita, alegre e que se dizia acima de tudo, apaixonada por Sandro. Fazia de tudo por ele. Era Deus no céu e Sandro na terra. Até que um dia, sem nenhum motivo aparente, ele deu um fim no relacionamento.
    Não preciso nem falar, que a jovem ficou abaladíssima, "chocada" com a atitude do amado. Passaram-se alguns dias e ela sempre na esperança de que Sandro a procurasse, mas nada aconteceu.
    Paula, então, começou a acreditar que o término do namoro era sua culpa, pois deveria ter investido mais em sua aparência, em conhecimentos para se tornar mais culta, etc.
    Assim, resolveu mudar o visual. Cortou o cabelo ( deu um corte super moderno), fez as unhas, fez limpeza de pele... Parecia outra. Tudo isso, na esperança de que Sandro fosse procurá-la. Mas, passaram-se semanas e nada, nem um telefonema. Então, resolveu fazer cursos de línguas, de informática e outros, para se atualizar e expandir seus conhecimentos. Achou que dessa maneira, o namorado retornaria. Mas, passaram-se meses e nada.
    Foi aí, que Paula decidiu viajar, conhecer outros lugares e culturas... Mas, fez um ano e seis meses que os dois terminaram e nada, nada aconteceu. 
    Paula tornava-se cada vez mais bonita, moderna, culta... Sandro não a procurava.
    Depois de quase dois anos de separação, ela se deitou (tranquila) para dormir em sua confortável cama, já passava das nove horas da noite e, na manhã seguinte ao acordar, percebeu que sua mudança foi tanta... que tornou-se mulher demais para Sandro.
    Através de Paula, percebi que muitas vezes nos importamos em fazer tudo para o outro... E, não deve ser assim!!!
    Ao resolver mudar o visual, aprimorar ou adquirir novos conhecimentos, ela se transformou em uma nova mulher (não para Sandro, mas para ela própria). Podemos concluir que um rompimento não nos traz só tristezas... Podemos ganhar muito com o fim de um relacionamento!!!    
  

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Nosso Lar

NOSSO LAR

    Dia 06/09/10, fui ao cinema para conferir o filme baseado na obra de CHICO XAVIER, "Nosso Lar".
    Quando cheguei ao terceiro piso do shopping, eis o susto... Nossa! Que fila enorme!!! Claro! Véspera de feriado, tempo nublado e chuvoso...
    Bom, pensei em voltar para casa, mas a vontade de ver a obra foi maior. Então, fui para o final da fila e aguardei 50 minutos até chegar a minha vez de comprar o ingresso. Consegui!
    Comprei um saco "mini" de pipoca e entrei na sala de exibição (que já estava lotada!). Sentei lá na frente, na primeira fila, é... Aquela que ficamos com o pescoço um pouco elevado para poder olhar o que se passa na telona.
    Finalmente, o filme começou... Com uma paisagem linda...
    André Luiz é a personagem principal, aquela que nos apresenta o Nosso Lar. O filme retrata basicamente sua vida terrena e espiritual.
    Além do Nosso Lar, conhecemos também, o Umbral, uma espécie de purgatório. É de arrepiar!
    Com certeza, é uma linda obra que nos faz refletir, mergulhar bem fundo dentro de nós mesmos. Faz também com que lembremos de pessoas queridas que já partiram. É emocionante! É penetrante!
    Adorei!!! Saí do cinema sentindo-me mais leve e revendo valores que tenho em minha vida.
    Impossível foi não chorar!
    Espero um dia, que todos nós, amigos e familiares, possamos nos encontrar no NOSSO LAR!!!